*"Vou embora. Não posso aceitar isso, em nome da minha dignidade"*

Ricardo Kotscho, jornalista respeitado, conta em suas memórias “Do golpe ao Planalto” um episódio que ilustra por excelência como se portam as elites brasileiras. No caso específico uma visita do candidato Lula ao poderoso jornal Folha de São Paulo, mas não é diferente a visita de um presidenciável a um banqueiro ou a um grande empresário; o candidato vai ao encontro com estas figuras carimbadas não como um futuro representante da maioria do povo brasileiro, mas como um subserviente que vai pedir amém para o poderoso, para que obtenha o “direito” de pretender ser eleito pela maioria dos brasileiros. Quem não se lembra do poderoso Roberto Marinho que se manifestava por atitudes altivas e desdenhosas.

Aliás, Kotscho conta com uma mancada sua ter levado um candidato, no caso o Lula, ao encontro do “seu” Frias da Folha, pois podia bem ter pensado que o Lula não era mais um candidato disposto a pedir bênção a quem quer seja, a não ser ao povo brasileiro.

Autoritário o diretor da folha pergunta ao candidato Lula se ele falava inglês e diante da resposta negativa o interlocutor pergunta como ele pretendia governar o Brasil sem falar inglês? Ou você acha que o Brasil pode prescindir de um presidente que fale inglês?

Veja os links:

"Vou embora. Não posso aceitar isso, em nome da minha dignidade", Extraído do Livro ""Do golpe ao Planalto"

Entrevista :Seu Frias e o almoço com Lula: "E se levantou da mesa no meio do almoço e saiu"

Abaixo o vídeo onde o presidente Lula conta o fato em discurso na cidade de Campo Grande – MT: