Padre Cícero e Floro Bartolomeu uma ligação quase platônica |
Padre Cícero
Romão Batista é uma figura inefável, ao longo dos seus 98 anos de idade teve
uma vida intrépida que ainda o levará à gloria dos altares da Igreja Católica,
questão de tempo. Santo? Eis uma questão nebulosa, mas Padre Cícero operou um indiscutível milagre: o vertiginoso crescimento de
aldeola à grande cidade nordestina: Juazeiro do Norte, um louvável prodígio.
Pregava
padre Cícero “Em cada casa um santuário, em cada quintal uma oficina”. A
sua espiritualidade caminhava numa mão, noutra inversa caminhava o pragmatismo.
Juazeiro se transformou num valhacouto quando padre acoitou o atroz Floro
Bartolomeu, um aventureiro baiano. Tão pragmático era o Floro que foi um dos
precursores do Esquadrão da Morte. “Bandido bom é bandido morto” assim
mais de setenta foram enterrados na estrada que levava Juazeiro para o Crato.
Floro
morreu anos depois como deputado federal e dono de uma fortuna incalculável.
Mas neste interregno de tempo suas arbitrariedades contra os seus inimigos eram
implacáveis, a coerção e a eliminação física dos seus adversários eram coisas
naturais, tudo sob as bênçãos do seu relacionamento platônico com o Patriarca
de Jua- zeiro. Frassales na sua crônica da semana narra um dos inúmeros
desmando de Floro, um caso familiar, envolvendo como vítimas, o seu avô materno,
José Joaquim de Brito, e “Damião, leal cabra da família” que se vingou
da surra mandando seus agressores, homens de Floro, para a eternidade e
emigrando para São João do Rio do Peixe nas pisadas do seu Zuza da Inácia como
era conhecido o avô do cronista.
Clique aqui e leia a crônica!
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