“Não compreender por que milhões de
venezuelanos re- zam por Chávez é repetir a experiência narrada por Ernesto
Sabato sobre a queda de Perón em 1955. O escritor comemorava com amigos
intelectuais e profissionais liberais o fim do ditador que envergonhava a
Argentina até que, em certo momento, teve de entrar na cozinha. Lá, todos os empregados choravam...!”.
A frase acima
é de Rubens Ricúpero, aquele ministro da Fazenda da nefasta era do FHC, aquele senhor
que foi pego, por um microfone aberto, num intervalo de uma entrevista à
queridinha Rede Globo dizendo: “Eu não
tenho escrúpulos. Eu acho que é isso mesmo: o que é bom a gente fatura, o que é
ruim a gente esconde". Com tamanha gafe ele foi afastado do
ministério.
Mas a frase é
lapidar para nortear o universo de sentimento eclodido em todas as classes
sociais.
Hugo Chávez à
frente da Venezuela, o país se tornou o 73º país com melhor IDH e ultrapassou o
Brasil, que é o 84º, entre avanços sociais o país erradicou o analfabetismo.
Hugo Chávez
evidentemente não é o querido das multinacionais, no interregno de tempo do seu
mando governamental ele contrariou grandes interesses como a cobrança de
royalties do petróleo de 16,6% para 30%, e criava uma alíquota de 40% no caso
do gás natural. Além disso, obrigava a PDVSA a ter 51% das novas concessões do
setor. Poderia ser amado pelos americanos?
A PDVSA,
fundada em 1976 para ser a estatal do petróleo, responsável hoje por 97% das
exportações e cerca de 15% do PIB do país, era controlada pelos executivos e
pela iniciativa privada (leia-se pelas multinacionais). O líder venezuelano
demitiu nada menos que 15 mil funcionários da empresa, um número que fez um
prédio da PDVSA no bairro de Chuao, em Caracas, ficar completamente vazio.
Hoje, ele abriga uma universidade, a UNEFA. Por essas e outras é que ele
demonizado como o satã ditador. Muitos interesses grandes foram mandados para as
calendas!
Chávez partiu,
mas isso não significa necessariamente o fim do Chavismo!
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