sexta-feira, 8 de março de 2013

O fim do Chavismo?


Não compreender por que milhões de venezuelanos re- zam por Chávez é repetir a experiência narrada por Ernesto Sabato sobre a queda de Perón em 1955. O escritor comemorava com amigos intelectuais e profissionais liberais o fim do ditador que envergonhava a Argentina até que, em certo momento, teve de entrar na cozinha. Lá, todos os empregados choravam...!”.
A frase acima é de Rubens Ricúpero, aquele ministro da Fazenda da nefasta era do FHC, aquele senhor que foi pego, por um microfone aberto, num intervalo de uma entrevista à queridinha Rede Globo dizendo: “Eu não tenho escrúpulos. Eu acho que é isso mesmo: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde". Com tamanha gafe ele foi afastado do ministério.
Mas a frase é lapidar para nortear o universo de sentimento eclodido em todas as classes sociais.
Hugo Chávez à frente da Venezuela, o país se tornou o 73º país com melhor IDH e ultrapassou o Brasil, que é o 84º, entre avanços sociais o país erradicou o analfabetismo.
Hugo Chávez evidentemente não é o querido das multinacionais, no interregno de tempo do seu mando governamental ele contrariou grandes interesses como a cobrança de royalties do petróleo de 16,6% para 30%, e criava uma alíquota de 40% no caso do gás natural. Além disso, obrigava a PDVSA a ter 51% das novas concessões do setor. Poderia ser amado pelos americanos?
A PDVSA, fundada em 1976 para ser a estatal do petróleo, responsável hoje por 97% das exportações e cerca de 15% do PIB do país, era controlada pelos executivos e pela iniciativa privada (leia-se pelas multinacionais). O líder venezuelano demitiu nada menos que 15 mil funcionários da empresa, um número que fez um prédio da PDVSA no bairro de Chuao, em Caracas, ficar completamente vazio. Hoje, ele abriga uma universidade, a UNEFA. Por essas e outras é que ele demonizado como o satã ditador. Muitos interesses grandes foram mandados para as calendas!
Chávez partiu, mas isso não significa necessariamente o fim do Chavismo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário