Certa vez,
papai mexendo em casa me mostrou um revólver, estranhei, ele nunca foi de
atirar. Ele mesmo a- cabou com a minha cu- riosidade: “Eu sou do tempo em que homem
que não andava com o seu trabuco ficava a desejar!”. Os tempos mudaram, não se
é preciso hoje andar armado para viver em paz. O Frassales na sua coluna da semana
contou que cresceu “vendo um monte de
rifles na casa de meu pai”, mas já não era os tempos de milícias privadas do
seu avô, o memorável major Higino Rolim, quem detinha alguma riqueza tinha que
se armar “defesa de seu patrimônio
material e, também, para ostentar poderio político na conquista e controle do
poder local”.
Pode parecer paradoxal
a biografia do Major Higino que, apesar do seu arsenal, não era um dos lendários “coronéis”
sanguinários, ele “Notabilizou-se pelos
seus conhecimentos da língua grega, cuja cátedra ocupou em substituição ao
Padre Rolim. Versado em literatura, não se cansava de saborear Virgílio,
Horácio ou o opulento Homero que costumava recitar para deleite de seus pupilos”.
Ainda bem que
esta meninada de hoje não co- nheceu estes tempos tão trepidantes, para eles ex- citação
só nos atuais e fan- tasiosos vídeogames!
Nenhum comentário:
Postar um comentário