Cristiano Cartaxo |
Lampião povoava as mentes nordestinas, durante as primeiras décadas do
século passado, como um fantasma aterrador. Todos os seus contemporâneos das mais
variadas nativas. Papai contava que, quando criança, adorava quando vinham
boatos que Lam- pião iria passar no Sítio Melão onde passou a sua infância. Ninguém
ousava checar a procedência do boato, as mulheres, os velhos e a meninada toda
eram levados para se esconderem nos grotões das serras próximas. “Como era bom! Nestes períodos ninguém trabalhava
no cultivo das roças, o tempo todo era ocupado em passarinhar...” suspira
ainda hoje papai.
Cajazeiras de então, apesar da promessa de Lampião ao Padre Cícero de
jamais vir por aqui, não deixava os cajazeirenses tranquilos, além do mais,
havia o temido Sabino Gomes (foto) um dos lugares tenentes do Bando de Lampião que
morara em Cajazeiras e jurava vingança pelas “humilhações” que sofrera dos
bacanas de Cajazeiras.
Hoje, vemos pela crônica semanal de Frassales, uma furtiva
aparição de Lampião na cidade do Padre Rolim. E quem conta o episódio é o nosso poeta
Cristiano Cartaxo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário