domingo, 25 de setembro de 2016

A UFMA tomada por animais

  Por:José Linhares Jr
   Bem, parece que aquelas aberrações vistas ao redor do Brasil chegaram, enfim, ao Maranhão. Pessoas nuas em público, culto à decadência, falta de respeito, anarquia vazia, homogeneização do pensamento, falta de tolerância, falta de estudo, apologia ao uso de drogas, falta de senso estético e, acima de tudo, falta de vergonha na cara. 
     Até semanas atrás essas ainda eram características de um movimento que se esgueirava pelos cantos. Um movimento que tinha vergonha de se assumir enquanto tal. O que se via era apenas um desejo reprimido que encontrava vazão em fatos isolados. Fatos como protestos de gente pelada no meio do hall de algum prédio com palavras de ordem manchadas de batom nas nádegas. O que para este povo é o “auge” do ativismo político. Como as cenas abaixo:

      Fora do movimento foi acesso o estopim para que as sombras do gueto criassem coragem e tivessem nome. Agora a massa de desvalidos e fracassados atende por “Juventude Porra-Louca”. E tudo começou com o levante da intolerância que caracteriza esses grupelhos de desocupados.
    No próximo dia 5 de agosto, um grupo de alunos e professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), irá realizar o I Encontro da Juventude Conservadora. Entre as palestras do tal encontro estão: Como ser um conservador no Brasil; A Arte Moderna ou Os Símbolos da Decadência: notas sobre a sensibilidade de nosso tempo; William Blake, John Milton e Guimarães Rosa Rosa: a liberdade interior como base para um novo Brasil; Ideologia de gênero – mitos e realidades; O conservadorismo e o Brasil – uma apresentação sumário; Economia e Ordem Social.
     Veja a razão de ser do evento nas palavras de uma das pessoas que organiza, mas não se acha um organizador.
Este evento não tem conservadorismo. Não tem organizador, inscrições nem o escambau. É só chegar junto e dançar o Tchan na boquinha da garrafa. 

  • CCH é todo nosso, porra! Não tem essa dúvida de onde vai acontecer. Que pergunta é essa?
  • Se alguém levar ponche, vai ter ponche. Tem uma galera aqui no grupo arrecadando uns trocados para fazer um. O Cageo já deu uma caixa de vinho. Quem dá mais? Vai vestidx (ou nux) como você quiser. 
  • Você decide! Eu, por exemplo, vou usar um vestido com a brusa (sic) aqui amarrada com a bota, e o meu cabelo solto de prancha.
    Nunca a pequenez e a mesquinharia tiveram tanto orgulho de serem pequenas e mesquinhas naquela universidade. Observem bem: o evento se predispõe a “militar e resistir”. De que forma? Fazendo birra, nada mais que isso. Fazendo escândalo, mostrando as nádegas, gritando e dando chilique. br />     Bastou a divulgação do evento, que deveria ser apenas mais um entre dezenas de eventos chatos e improdutivos da universidade, para que uma turva de selvagens começassem uma verdadeira cruzada santa de fanáticos ensandecidos e sedentos por sangue.
     Ameaças de agressão, ameaças de coquetéis molotov, xingamentos, galhofas e muito mais. Tudo isso porque meia-dúzia de garotos e garotas iriam falar sobre monarquia, literatura, conservadorismo e economia.
     Mas, as intimidações não bastavam. E o que fizeram os selvagens, os “porra-loucas”? Decidiram fazer um evento paralelo chamado “Encontro da Juventude Porra-Louca: Militância e Resistência”. A programação? Terá apenas uma palestra: “Conservador de Cú é rola: se joga, pintosa”.

            Nunca a pequenez e a mesquinharia tiveram tanto orgulho de serem pequenas e mesquinhas naquela universidade. Observem bem: o evento se predispõe a “militar e resistir”. De que forma? Fazendo birra, nada mais que isso. Fazendo escândalo, mostrando as nádegas, gritando e dando chilique. 
      O fato, meus caros, é que a incapacidade deste pessoal os impõe estas práticas. Como são incapazes de ter alguma virtude, se refugiam na decadência. Como não possuem habilidade discursiva, recorrem a gritos. Incentivam a ignorância como forma de éthos político por limitação intelectual, essa é a verdade. Como não podem produzir nada “bonito”, tentam transformar o feio em algo aceitável.
nn

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