"Apesar da distância que me separava da
família e da dificuldade em me ausentar de minhas obrigações no U-mari, eu ia
todos os meses ao Melão. A viagem era feita nos fins de semana, a cavalo. Saía
no sábado pela seis da tarde, chegando ao destino cedo da madrugada. A volta,
no do-mingo, era no mesmo horário, percorrendo eu invariavel-mente, mais de sete
léguas à luz da lua ou na escuridão da noite.
Porém, quando
voltei ao Umari naquela manhãzinha de 16
de janeiro de 1948, nunca uma idéia se imprimiu tão clara em minha mente
e tão firme em minha decisão:
- É
profundamente lamentável, mas eu não posso mais ficar aqui neste lugar.
O que
aconteceu?
Quinze anos
haviam se passado do acontecimento fatídico já rememorado nessa crônica (quer
relembrar? Clique no link). Como se fosse um dia igual a todos na mais ordeira
vilazinha cearense, desmontei, guardei os arreios, dei a gorjeta ao moleque que
ia tratar o cavalo. Ansioso pelas novidades..."
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