“Os dias, de tão bons, são todos iguais. Tudo é igual nos horizontes de nossa infância sem limites, tempo claro com cheiro de curral e melaço de engenho. O sítio Olho d’Água do Melão se esconde como um segredo ao pé da serra. Graças a Deus. Lá em cima é que está a estrada que divide o Ceará da Paraíba. Na estrada passam tropas de burros carreando algodão, oiticica, rapadura. Às vezes os burros se espantam e desgarram com o ronco dos primeiros caminhões. Como podem as pessoas na estrada adivinhar que, nessa grota escondida, Deus deixou um pedaço do seu paraíso para os filhos do Mestre Matias?”
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