Golpe jamais passará pelo charlatão Bolsonaro, o golpe não depende de um bufão!

        Minha atual leitura de cabeceira é a clássica obra de Thomas Hardy, "Judas o Obscuro", e uma passagem singela desta obra monumental (minha quarta releitura ao longo de 45 anos) me fez vir aos tempos atuais.
        Singeleza é forma de expressão pelo conjunto da obra. Thomas Hardy, edição do final do século 19, comenta sobre um tal Vilbert, conhecido picareta de então, e o define impecavelmente e as semelhanças entre este e o tal deputado Bolsonaro são bem atuais.

        Vamos à definição do tal Vilbert, o conhe-cido picareta:

"Vilbert é um charlatão ambulante, muito conhecido pela população rústica, porém perfeitamente ignorado pelo resto do universo - como, ele aliás, se esforçava por ser, de modo a investigações incomodas"

       Segundo a definição magistral, o charlatão era muito conhecido pela escória social, e ignorado pelo grande maioria da população e assim ele fazia questão de ser, ou seja, a mídia pelo seu secundário não destina espaços maiores nas sua publicações e assim ele continua desempenhado seu papel secundário sem "investigações incomodas".

       

       Este é o papel que bem desempenha esta excres-cência política conhecido como Jair Bolsonaro. Os que o seguem são míopes políticos que não enxergam as suas mais nítidas imbecilidades. "Defende" a democracia e sub-repticiamente é fã ardoroso da ditadura. Usa as benesses de um regime democrático para se algum dia, muito improvável, chegar ao poder extingue toda a liberdade, como fez o famigerado Adolf Hitler.

 

      Digo improvável, pois é de fácil cons-tatação que regime discricionário é algo ignóbil no atual século e o Brasil está bem vacinado contra re-gime arbitrário.

Hoje neste momento crucial por qual passa o nosso Brasil, um golpe contra a nossa constituição não passa por uma quartelada militar. Ficou cristalino a incom-petência política e administrativa dos nossos aventureiros de 1964.

        O golpe que ora se planeja para enfiar na goela dos brasileiros é bem mais sutil e inteligente. Uma união entre os setores mais retrógrados, como a mídia golpista com setores podres do judiciário. Nos seus planos passa primeiro a liquidação da maior liderança popular do Brasil: Luís Inácio Lula da Silva. Mas se terão sucesso é outra história. Liquidar uma liderança legítima não é tarefa fácil, basta o povo se levantar que estes pusilâmines pulem da cela, afinal eles não têm coragem de levar o Brasil a guerra civil de consequências imprevisíveis.

 

        Tentaram matar a jararaca, mas não ba-teram na cabeça, acer-taram apenas o rabo, como bem expressou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com toda a sua devida indignação.