"Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas do mundo. Nenhuma delas é cubana”. Diz o outdoor na capital cubana. Aqui e alhures, quem teve a sorte de ter nascido no seio de uma família imune à fome ou à pobreza, esta frase não diz nada. Esta frase não faz sequer que este aquinhoado possa entender porque este o povo cubano não se revolta contra as autoridades. Qual a razão?
Nem o provável aquinhoado e nem alguns cubanos, minoria óbvio, como o casal que recepcionei aqui em minha casa com um churrasco a pedido de uma cajazeirense amiga de infância, a Joylce Barreto.
Lembro-me bem quando o meu filho caçula ficou boquiaberto ao o filho do casal exclamar maravilhado: "Caio, aqui você pode ter celular! Em Cuba...". Caio comentou posteriormente comigo: "Papai, celular é tão importante assim para os cubanos?". Não eram duas crianças, mas garotos de 15 anos. Nem tentei explicar ao Caio, é complexa a explicação!
Mas só lendo "Os últimos soldados da guerra fria”, livro de Fernando Morais recém lançado para que se possa ter alguma luz sobre o assunto.
É difícil explicar como um país bloqueado como Cuba e a sua revolução cubana há meio século pela maior potência militar, econômica e ideológica da história, ainda resiste bravamente contra as "delícias" do capitalismo.
Recomendo o livro, este que li num dia de domingo que "perdi" de cinco horas da manhã às nove da noite. Nada fiz além de me deliciar com ele. Valeu a pena!
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