terça-feira, 16 de abril de 2013

*A morte do cangaceiro Cocada*



  Conta o conterrâneo Ubiratan de Assis que certa vez, acredito que no dia 7 de setembro, ele desfilou num cavalo no papel de lampião e por isso foi chamado severamente a atenção pela velha Marilda Sobreira, que sofreu, na pele, as barbáries do cangaço na histórica invasão à casa do seu pai, Epifânio Sobreira, pelo cangaceiro Sabino Gomes, fato muito conhecidos dos cajazeirenses.
O próprio Ubiratan deu razão a Dona Marilda, havia cometido o erro de romantizar as lendárias ações do cangaço, como muitos. Quem lê José Lins do Rego conhece bem as atrocidades deste tempo violento que reinou no começo do século passado em todo o semiárido nordestino, vale ressaltar de ambas as partes: as forças policiais e os cangaceiros.
Frassales hoje traz à baila a história do sanguinário Cocada um bandido chegado a “perversões de ordem moral. Bíblia em mãos forçava mulheres a fazerem um juramento”. O impressionante era o caráter de tarado, fatos bem narrados pelo juiz de direito Sérgio Dantas na sua obra “Antônio Silvino – o cangaceiro, o homem, o mito”. Frassales faz uma sensata análise destes tempos desumanos que muito infelicitaram o nosso torrão sagrado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário