Conta o conterrâneo Ubiratan de Assis que certa
vez, acredito que no dia 7 de setembro, ele desfilou num cavalo no papel de lampião
e por isso foi chamado severamente a atenção pela velha Marilda Sobreira, que
sofreu, na pele, as barbáries do cangaço na histórica invasão à casa do seu
pai, Epifânio Sobreira, pelo cangaceiro Sabino Gomes, fato muito conhecidos dos
cajazeirenses.
O próprio Ubiratan deu razão a Dona Marilda,
havia cometido o erro de romantizar as lendárias ações do cangaço, como muitos. Quem lê José
Lins do Rego conhece bem as atrocidades deste tempo violento que reinou no
começo do século passado em todo o semiárido nordestino, vale ressaltar de
ambas as partes: as forças policiais e os cangaceiros.
Frassales hoje traz à baila a história do
sanguinário Cocada um bandido chegado a “perversões
de ordem moral. Bíblia em mãos forçava mulheres a fazerem um juramento”. O impressionante
era o caráter de tarado, fatos bem narrados pelo juiz de direito Sérgio Dantas na
sua obra “Antônio Silvino – o cangaceiro, o homem, o mito”. Frassales faz uma
sensata análise destes tempos desumanos que muito infelicitaram o nosso torrão
sagrado.
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