terça-feira, 23 de agosto de 2016

1572: A Noite de São Bartolomeu

  Como religiões nunca foram exemplos 
de tolerância e convivência, 
os católicos e protestantes 
sempre estavam se matando 
por qualquer coisa.
Noite de 23 para 24 de agosto de 1572: 
os sinos da catedral de Saint Germain-l’Auxerrois fazem o prenúncio do dia de São Bartolomeu, 
(que foi um mártir). 
De todos os cantos da cidade, acorrem 
integrantes de uma milícia popular. 
Começa o terror. 
Portas e janelas são arrombadas. 
Com o toque dos sinos,
 ouvem-se também terríveis gritos assassinos. 
Começa o massacre da noite de São Bartolomeu. 
Os católicos massacraram os huguenotes. 
Somente em Paris, 
três mil protestantes foram exterminados nessa noite. 
A violência estava espalhada por todo o país, 
o número de huguenotes mortos foi de dezenas de milhares.

   
 Poucos dias an-tes, era calmo o ambiente na capi-tal Paris. Celebra-ra-se um matrimô-nio real, que de-veria pôr fim um terrível decênio de lutas religiosas entre católicos e huguenotes. Os noivos eram Henri-que, rei de Na-varra e chefe da dinastia dos huguenotes, e Margarida Valois, princesa da França, filha do falecido Henrique II e de Catarina de Médicis. Margarida era irmã do rei Carlos IX.
    Alguns milhares de huguenotes de todo o país – a fina flor da nobreza francesa – foram convidados a participar das festas de casamento em Paris. 
Uma armadilha sangrenta, como se constataria mais tarde.
     A guerra entre católicos e protestantes predominou na França durante anos, com assassinatos, depredações e estupros. E agora, um casamento deveria fazer com que tudo fosse esquecido?
   O casamento não foi realizado na catedral. O noivo protestante não deveria entrar em “Notre Dame”, nem assistir à missa. Diante do portal ocidental da catedral, foi construído um palco sobre o rio Sena, no qual celebrou-se o casamento. Margarida não respondeu com um "sim" à pergunta se desejava desposar Henrique, mas fez simplesmente um aceno positivo com a cabeça. Como era comum na época, o casamento tinha motivação exclusivamente política.
    Até hoje não se sabe quem encomendou o crime. 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário