*O Tênis Clube e Chico Rolim*

Frassales

“Valeu a pena? pergunta o grande poeta português! O Cajazeiras Tênis Clube, “o ponto da elite caja- zeirense daquele tempo”, para este nascer morreu um excelso patri- mônio histórico da cidade do Padre Rolim.Numa irrepreensível crônica, o cronista e historiador cajazeirense, Francisco Frassales Cartaxo desnuda esta agressão com revelações estar- recedoras. “Prevaleceu a vontade dos defensores do “progresso” contra os que se apegavam à “tradição” e assim para dar lugar ao pomposo clube a  “casa (que) era marco da fazenda Cajazeiras, pertencente aos fundadores da cidade” foi demolida. Chico Rolim no seu livro de memórias já tinha feito o seu mea-culpa, mas não abordou com profundidade as intenções sub-reptícias do tresloucado ato: “Para destruí-la, havia outra razão, guardada a sete chaves. Parte da elite “progressista” envergonhava-se da antiga morada do padre Inácio de Sousa Rolim. 

A casa de taipa que depunha contra
a grandeza do Padre Rolim 

Por quê? Porque a casa era de taipa. Portanto, indigna para servir ao grande educador do sertão, o padre-mestre, o santo. A casinha depunha contra a grandeza do padre Rolim, diziam”. E o cronista relembra contrito: “E lembro... o olhar triste de meu pai inconformado com a derrubada da centenária casa de Mãe Aninha”.

“Valeu a pena?”, e o próprio Fernando Pessoa esclarece: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”, neste caso lamentavelmente a pequenez venceu... não valeu a pena!I

Imperdível a crônica “O Tênis Clube e Chico Rolim publicada hoje no Jornal Gazeta do Alto Piranhas”