quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

*Levaram o cofre do Adhemar: o maior golpe da história do terrorismo mundial!*

Julho, 1969. Final de tarde, duas ca- minhonetas e um Aero- Willys sobem as ladeiras  e estacionam na porta de uma mansão. Dizendo-se que eram da polícia fe- deral queriam revistar a casa. O portão foi aberto e dez homens e duas mo- ças renderam todos os presentes. Subiram a es- cadaria e arrancaram um pesado cofre da parede que logo estava na car- roceria de uma das pi- capes que chisparam para uma casa em Jacare- paguá,  um lanterneiro, vindo de Porto Alegre, usou a chama de uma maçarico para romper a parede do cofre. Aberto o primeiro orifício, injetaram água dentro, de forma a proteger da chama o conteúdo ainda desconhecido.
Ao ser aberto confirmou as alvissareiras previsões: “contaram 2,6 milhões de dólares... Tinham acabado de dar o maior golpe da história do terrorismo mundial! Era dinheiro roubado, tomado a empreiteiros e bancas de bicho”.
A casa onde estava o precioso tesouro era a casa de um tio de Ana Benchimol Capriglioni, mitológica a- mante e depositária de propinas guar- dadas pelo ex-governador Adhemar de Barros (foto). Conhecido pelo slogan “Rouba, mas faz”. Governara o estado de São Paulo por três vezes e roubara como poucos.
Os jovens que empreenderam a ação eram militantes da Vanguarda Ar- mada Revolucionária Palmares (VAR- Palmares), resultado da fusão entre o Comando de Libertação Nacional (Colina) com a Vanguarda Popular Re- volucionária (VPR), comandada por Carlos Lamarca.
Esta minuciosa e bem planejada ação teve como cérebro a guerrilheira Estela (Dil- ma Rousseff) e o seu esposo Carlos Araújo, Dilma não foi à casa, ficou na retaguarda, mas Carlos Araújo se fez presente ao as- salto.
O dinheiro do cofre não trouxe fe- licidades à Var-Palmares. Boa parte foi dissipada na compra de terras para sediar guerrilhas que nunca saíram do papel. Muito se gastou no sustento de mais de 300 militantes clandestinos. Um milhão foi para a Argélia que só seria resgatado, parcialmente, três anos depois e distribuído entre grupos remanescentes da esquerda no exílio. O dinheiro da Ação Grande se perdeu em quedas, extorsões e lendas.
Ana Capriglione, a amante do Adhemar de Barros, para safar-se de um inquérito aberto, manteve a versão de que o cofre levado da sua casa também estava vazio, que tudo não passara de um grande equívoco dos guerrilheiros.

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