“Foi por
causa do comércio que deixei o Melão. Mas o mundo que eu conhecia até então não
girava além de um circuito que ia do Umari ao Baixio, ou Ipaumirim e
Caja- zeiras.
Com a aquisição da filial de Raimundo Dias fui
levado a alargar os horizontes de meus caminhos pelo mundo. Rapidamente, com as
boas vendas, restava-nos apenas um pé-de-loja, cujo estoque precisava ser
renovado. Mas, ao contrário dos lojistas locais, eu não me contentei em
abastecer-me à porta de casa com os caixeiros-viajantes.
- Vou fazer compras em Campina Grande - disse ao
meu sócio.
O que equivalia a dizer: ‘Vou para muito longe, a
caminho do desconhecido’. Campina Grande ficava a léguas e léguas, só
alcançável em precários caminhões rompendo poeira e dando catabis por dias e
noites de cansaço”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário