Psiquiatra diz que doença mental explica motivação de chacina por Marcelo Pesseghini

Ouça o áudio e confira a entrevista com o psiquiatra na íntegra:

O psiquiatra forense Guido Palomba disse ontem (8) em entrevista que é preciso admitir doença mental para explicar o que levou o adolescente Marcelo Pesseghini, de 13 anos, a matar os pais, a avó e a tia-avó no início do mês passado na Brasilândia, zona norte da capital paulista.

“Este crime é incompreensível do ponto de vista psicológico. Para que nós possamos compreender é preciso admitir doença mental. Se nós admitirmos doença mental aí ele fica explicável, compreensível”, declarou Palomba que mostrará nos próximos dias à polícia as razões pelas quais o adolescente cometeu a chacina.

Neste sábado (7), um laudo do Instituto de Criminalística de São Paulo, assinado pelo perito criminal Raphael Parisotto, confirmou a tese da polícia de que o garoto cometeu os crimes. Baseado em todas as provas, Parisotto ressaltou que “mesmo que o resultado ofenda a moral de grande parte da sociedade, principalmente por se tratar de um caso extraordinário, a hipótese mais plausível e provável é que o garoto tenha matado os familiares e cometido suicídio”.

Palomba também ressaltou à JP que do ponto de vista policial não há mais dúvidas de que o adolescente matou a família. “Ele cometeu todos os crimes e depois se suicidou. Agora, por que ele cometeu esse tipo de crime seria um complemento. E este complemento eu estou fazendo para a polícia”.

“Será feito uma garimpagem de dados clínicos que serão articulados com depoimentos de testemunhas e com o próprio laudo do IC (...) Agora é um momento de recolher as peças desse quebra cabeça e encaixar umas nas outras. Essas respostas eu procurarei dar de uma forma fundamentada”.